A maravilhosa máquina de entregas rápidas: como tornar sua express em um negócio de sucesso

O setor de delivery está em franco crescimento no Brasil. Segundo a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (ABRASEL), o incremento no volume de negócios entre 2018 e 2019 é de notáveis 12%. Isso representa uma movimentação de R$1 bilhão ao mês, apenas considerando pedidos feitos via aplicativos. Esse é apenas um exemplo em um segmento que pode atender incontáveis demandas. Para se dar bem nesse mercado bilionário, é preciso “azeitar” a máquina, afinal, a competitividade é grande. Essa é a proposta deste e-book, feito para você, empresário e guerreiro do ramo de entregas arrebentar com a concorrência. Ao longo do post, vamos apresentar um panorama geral de uma empresa de entregas. Em cada tópico, será feito um comparativo entre o que geralmente é e o que fazer para melhorar, de maneira que você tenha uma ideia ainda mais clara sobre a parte prática. Desejamos uma ótima leitura e que faça muito bom proveito do material! 1. Estrutura de uma empresa express Uma empresa de entregas é, de certa forma, uma empresa de logística. Sendo assim, você precisará estruturar o negócio tomando como base a organização de um negócio dentro da cadeia de suprimentos. Isso significa que terá que dedicar muita atenção a dois tipos de gestão: a de estoque e a de transporte. A primeira se relaciona com a sua capacidade de receber mercadorias, armazená-las e vender ao cliente final. Já a segunda pode ser considerada o “coração” do negócio, já que é, em essência, o objetivo de toda empresa de entregas. Geralmente é: Quando o delivery não está bem estruturado, é comum haver desequilíbrio no estoque. Esse desequilíbrio, por sua vez, tem a ver com a falta de integração com os setores de vendas e compras. Temos, então, dois cenários igualmente prejudiciais, que é o estoque vazio ou o abarrotamento de mercadorias que não encontram compradores. Em ambos os casos, a empresa sai perdendo porque ou não é capaz de atender à demanda ou passa a arcar com os custos de um estoque cheio de produtos. Esse quadro deve ser evitado, por isso é fundamental avaliar de forma realista quantos clientes sua empresa pode atender com a infraestrutura que tem. Mas pode ser: A estrutura de uma empresa express deve ser organizada de modo a facilitar os processos, desde a solicitação de uma mercadoria ou matéria-prima até a venda ao cliente. O ideal é contar com profissionais experientes e que possam liderar cada setor enquanto atuam em equipe. Assim, procure trabalhar com gestores-líderes nos setores de estoque, transportes e compras. Serão eles os responsáveis por definir os limites operacionais, de maneira a garantir a fluidez das rotinas. Por exemplo, se o setor de compras verifica que a mercadoria X está em falta, deverá fazer uma requisição. Essa requisição deve passar, necessariamente, pelo estoque, que avalia se pode ou não receber o volume pedido. Também deve chegar ao setor de transporte, que deverá disponibilizar, caso necessário, a coleta e entrega dos produtos. Isso, claro, se o próprio fornecedor não puder garantir a entrega em tempo hábil. 2. Contratação e treinamentos Contratar bem e manter os colaboradores sempre motivados é um desafio e tanto. Para superá-lo, aposte no trabalho em equipe e no feedback dos seus líderes. Considere, nesse aspecto, que uma contratação feita sem critério aumenta o risco de uma demissão precoce. Quando somadas, essas contratações a esmo tendem a elevar o nocivo índice de rotatividade na empresa. É preciso cuidado, pois demitir um empregado sem que ele tenha devolvido em serviços o custo de sua contratação pode sair muito caro. Segundo um estudo do Huffington Post, a saída antes da hora pode gerar um custo duas vezes maior do que o salário de um empregado. Ou seja, uma contratação errada é o verdadeiro barato que sai caro. Como geralmente é: Na correria diária, não são poucas as empresas que deixam de formular políticas de contratação consistentes. Quando isso acontece, as contratações ocorrem às pressas, sem avaliar criteriosamente se o profissional de fato tem preparo e o perfil exigido para a função. Ainda pior fazem as empresas que não têm uma política de contratação, cargos e salários e um plano de carreira. Ou seja, para esses casos, o risco de contratar mal é ainda maior, já que não há um parâmetro a ser seguido.  Como pode ser: Por isso, o primeiro passo para contratar bem é definir, junto com os líderes de cada setor, políticas, critérios e exigências a serem preenchidas para cada cargo. No setor de transportes, por exemplo, qual o perfil de motorista ou motoboy desejado? Quanto tempo de experiência eles devem ter? Que tipo de cursos e formação serão exigidos? Com a ajuda dos seus gestores, procure responder a essas perguntas para que, antes de começar um processo seletivo, você saiba exatamente o que quer. O mesmo vale para o período pós-contratação, no qual o foco passa a ser o treinamento e o aperfeiçoamento. Nessa fase, além dos gestores, não deixe de contar com o apoio e o suporte do seu setor de RH, que pode ser, inclusive, terceirizado. 3. Gerenciamento da operação É preciso mapear e planejar cuidadosamente a operação de uma empresa de entregas express para que o fluxo de atividades não seja interrompido. Nesse aspecto, vale prestar atenção na concorrência, para que a sua fatia de mercado garanta o lucro esperado. Veja, por exemplo, o caso da Glovo. Em fevereiro de 2019, a empresa decretou o fim das suas operações no Brasil. O motivo? Resultados abaixo do esperado, tendo como principal causa a forte concorrência no setor. Normalmente é: Exemplos como o da Glovo servem de alerta, afinal, até mesmo promissoras startups de nível internacional podem falhar ao estruturar suas operações. Sendo assim, a medida número um ao organizar a parte operacional é ajustar sua capacidade de entrega à infraestrutura disponível. Aqui, é hora de fazer contas básicas, como: quantas pessoas espero atender em um dia? quantas mercadorias posso fornecer? quantas motos e veículos de entrega tenho em minha frota? quantas entregas cada um…