Gestão financeira para empreendedores: veja o que você realmente precisa saber!

Independentemente do tamanho da empresa, os responsáveis pela tomada de decisão dos negócios sabem a importância das finanças para o empreendimento. Por meio delas, ocorre o controle, o planejamento e a mensuração das atividades e dos resultados. Você sabe a real importância da gestão financeira para empreendedores? Em gera, o empreendedor é responsável pela gestão operacional, financeira e comercial do negócio, ou seja, ele precisa realizar diversas tarefas ao mesmo tempo. No entanto, o coração do estabelecimento certamente é o financeiro. De nada adianta contar com bons produtos se os recursos financeiros não forem aplicados de forma correta. Para ajudar você a organizar suas metas e criar estratégias de crescimento para o seu empreendimento, trouxemos dicas essenciais sobre gestão financeira para empreendedores. Continue a leitura! Separe as despesas pessoais das despesas empresariais O primeiro passo para que não ocorra a mistura das despesas pessoais com as despesas empresariais é não levar os gastos domésticos para o empreendimento. Esses recursos são destinados para o sustento das atividades empresariais, ou seja, pagar contas de casa, supermercado, escola e outras despesas com o caixa da empresa é um grande erro. A utilização do caixa para outros fins causa o descontrole nas finanças do empreendimento. Com essa prática, você estará operando com números equivocados. Logo, suas decisões serão embasadas em números que não refletem a real situação do negócio. Uma ótima solução para esse problema é utilizar apenas o valor destinado à renda dos sócios para o financiamento das despesas pessoais. Veja quais são eles: pró-labore: valor referente ao pagamento pelo trabalho do empresário, passível de retenção de INSS (Instituto Nacional do Seguro Social); lucros e dividendos: são os valores restantes após a apuração do resultado, ou seja, do resultado bruto, são descontados os custos e despesas, de modo que o lucro líquido pode ser distribuído. Outro fator positivo é que esse valor é isento de INSS e IR (Imposto de Renda); alugueis: é possível que o sócio alugue um bem para as atividades da empresa para que não haja problemas com na mistura de valores. É importante fixar um contrato de aluguel, contudo, esses tipos de receita são passíveis de retenção de imposto de renda. Aprenda a controlar seu capital de giro O capital de giro é a engrenagem para a obtenção do sucesso financeiro. Com ele, é possível planejar quando e como ocorrer o giro das mercadorias, sendo, então, o financiador das atividades operacionais. A falta dele prejudica a sobrevivência dos negócios frente aos concorrentes, se tornando mais suscetível à volatilidade do mercado. Por outro lado, quando há um controle de capital de giro, os resultados tendem a ser cada vez mais elevados. Ele é responsável por financiar as operações da empresa, gerando cada vez mais lucros para o empreendimento. Com o capital de giro em mãos, é possível analisar os investimentos mais adequados, negociar melhores preços com os fornecedores, além de conseguir manter valores competitivos. Uma dica importante para conseguir aumentá-lo é entender o ciclo financeiro dos negócios. Essa é, basicamente, a diferença de tempo entre o pagamento dos fornecedores e o recebimento das vendas. Dessa forma, para que haja um bom capital de giro, é essencial que as receitas entrem antes da saída das despesas. Realize o planejamento do seu fluxo de caixa O fluxo de caixa é uma ferramenta básica para sua loja, sendo essencial para fundamentar o gerenciamento das operações. Nesse controle, constará todas as atividades financeiras do seu negócio, de entradas e saídas de recursos. Sem um bom controle das finanças, o empresário fica amarrado, uma vez que não tem como saber se a loja conseguirá arcar com todas as despesas básicas. Além disso, quando você não sabe quanto e nem quando os pagamentos devem ser feitos, seu estabelecimento fica sujeito ao pagamento de juros pelo atraso das obrigações. Para que isso não ocorra com o seu negócio, fique atendo às dicas para organizar seu fluxo de caixa. A premissa básica para a organização do seu fluxo é registrar todas as operações — por menor que sejam os valores, tudo deve ser registrado. É importante considerar todos os prazos, e a projeção dos valores deve ser registrada conforme as datas que o dinheiro realmente entrará em caixa. Suponha que uma venda de R$5.000,00 foi realizada com recebimento em 2 vezes, em 30 e 60 dias. O valor de saída da mercadoria no estoque será do total. Contudo, nas suas projeções, no fluxo do recebimento, deve estar elencado o valor de R$2.500,00 no vencimento dos primeiros 30 dias e R$2.500,00 no vencimento dos outros 30 dias restantes. Não é uma regra, mas normalmente o fluxo de caixa é projetado para 15,30,60 e 180 dias. Vale ressaltar que ele deve ser alimentado diariamente e moldado conforme as necessidades da sua loja. A importância do fluxo de caixa é indiscutível dentro de qualquer organização, uma vez que ele demonstra não apenas as disponibilidades financeiras, como também proporciona conteúdo para análises de investimentos, controle de destinação de recursos e, é claro, auxilia no planejamento estratégico. Acompanhe os indicadores financeiros Ao contrário do que muitos pensam, os indicadores são essenciais para medir o desempenho das pequenas empresas, ou seja, eles são o termômetro dos resultados do empreendimento. Os indicadores demonstram, a partir de relatórios e gráficos, os resultados de vários setores do negócio, indo além do que muitos consideram o mais importante, o lucro. Veja alguns que você pode utilizar: margem de lucro: demonstra quanto a empresa ganha com cada produto vendido; liquidez corrente: calcula se o ativo circulante da empresa é capaz de honrar com as despesas e obrigações de curto prazo, caracterizado como passivo circulante. margem de contribuição: mostra quanto da venda de cada produto é destinado ao pagamento dos gastos fixos; ponto de equilíbrio: aponta quanto é necessário vender para cobrir todos os gastos e despesas. Vale lembrar que esse indicador não aponta o lucro: no momento do alcance do ponto de equilíbrio, o indicador estará no empate, onde a empresa não tem lucro e nem prejuízo; margem líquida: relata quanto a empresa tem de lucro líquido em relação com as vendas líquidas; É importante ressaltar que nenhuma decisão deve ser tomada com base em análises de apenas um indicador.…