Drones, depósitos subterrâneos, dirigíveis flutuantes: como estará o mercado de entregas no futuro?
Em 2019, o volume global de encomendas ultrapassou 100 bilhões pela primeira vez, de acordo com pesquisa da Pitney Bowers. Só no Brasil, o volume de entregas cresceu 15% ao ano, atingindo 850 milhões. A pesquisa ainda prevê que o número de entregas no mundo todo ainda pode mais do que dobrar para algo entre 220 bilhões e 262 bilhões de entregas até 2026. A pandemia do COVID-19 certamente teve influência nesse crescimento do setor de entrega. Com os consumidores cada vez mais fazendo pedidos online, a pandemia só acelerou uma tendência global que já estava em andamento. Em meio a esse contexto, a Amazon é uma das empresas que está na vanguarda desse crescimento. Só em 2020, o patrimônio líquido do CEO Jeff Bezos aumentou em US $ 72,7 bilhões (fonte). Vincent Mayet, diretor geral da Havas Commerce e autor de “Amazon: Taking Over the Future“, disse que o setor de varejo e a logística que o acompanha estariam no coração do futuro e-commerce. Falando durante uma conferência em outubro de 2020, ele disse: “Nessa batalha de entrega, a Amazon está sempre de cinco a dez anos à frente no que diz respeito ao depósito de patentes inovadoras.” O próprio CEO da empresa disse que gosta de trabalhar “daqui a dois ou três anos“. A Amazon registra dezenas de patentes a cada ano no Escritório de Marcas e Patentes dos Estados Unidos. Claro que nem todos acabam se tornando projetos. Em 2016, por exemplo, a Amazon obteve a patente de um plano para transportar trabalhadores entre armazéns em gaiolas de metal – supostamente para sua segurança, pois os armazéns seriam lotados de robôs. No entanto, essa ideia foi amplamente criticada e acabou abandonada pela Amazon. Neste artigo falaremos sobre cinco patentes que, se criadas, podem revolucionar a forma como a Amazon faz entregas e como consequência mudar a logística de entrega do futuro visto seu poder de influência e o quão visionária a empresa é no setor de entregas. Uma colmeia de drones Em junho de 2017, a Amazon entrou com um pedido de patente denominado “centro de distribuição de vários níveis para veículos aéreos não tripulados”. A base da ideia é uma grande torre de vários pisos, com aberturas que permitem a entrada e saída de drones, levando consigo encomendas para clientes. As entregas seriam trazidas para a torre por motoristas de caminhão, e a torre seria construída em uma área urbana, onde está localizada a maioria dos clientes da Amazon. Em 2020, a Amazon recebeu permissão da Federal Aviation Administration para iniciar as operações de entrega de drones. Um armazém subterrâneo Embora muitas das patentes da Amazon lidem com operações aéreas, a gigante das entregas também está explorando outra opção – a subterrânea. Em 2016, entrou com o pedido de patente para criar uma rede de túneis subterrâneos sob edifícios, permitindo a entrega direta em residências e escritórios da empresa. Correias transportadoras (espécie de esteiras) e tubos à vácuo ligariam o armazém aos destinos de entrega e seriam o meio de transporte das entregas. Um dirigível flutuante Em uma patente de 2014 , a Amazon escreveu sobre um “centro de distribuição aérea”, que “pode ser um dirigível que permanece em uma altitude elevada (por exemplo, 45.000 pés) e veículos aéreos não tripulados com itens solicitados podem ser implantados do AFC para entregar os itens solicitados para locais de entrega designados pelo usuário. “ Os drones requerem muita energia para a viagem, especialmente nas distâncias que as entregas da Amazon podem exigir e, portanto, um depósito aéreo centralizado pode resolver esse problema. Um armazém subaquático Arquivada em 2017, esta patente envolvia uma instalação de armazenamento subaquático com produtos armazenados em recipientes estanques, munidos de cartuchos. Eles seriam colocados lá por esteiras transportadoras, humanos, caminhões ou aviões. Sempre que um produto fosse necessário, uma onda acústica seria enviada para acionar o cartucho no recipiente estanque, fazendo com que ele soltasse um balão e flutuasse até a superfície da água. Outra possibilidade seria usar correntes artificiais para transportar os contêineres. Um Drone que não precisaria pousar A ideia desse drone, que o diferencia dos normais, seria eliminar a necessidade de pouso. O conceito envolve um funil retrátil conectado à parte inferior de um drone. Um drone chegaria a um local, abriria seu funil e, em seguida, enviaria os pacotes pela rampa. Assim que os pacotes pousam, o drone retrai o funil e sai. E aí, qual sua opinião sobre o assunto? Você possui alguma previsão sobre o mercado de entregas do futuro? FONTE: Este artigo foi traduzido, adaptado e alterado em algumas partes com base em um artigo publicado no website Business Insider. Você pode ler o artigo original clicando aqui. Claudia Buche Formada em Comunicação | Apaixonada por tecnologia, gestão e por aperfeiçoar a experiência de usuários com produtos e serviços.