Montar um delivery: 5 dicas essenciais

Tempo estimado de leitura: 6 min Várias empresas estão pensando em iniciar suas operações de entrega e montar um delivery, principalmente agora com a pandemia do covid19, para não deixarem seus negócios parados. O fato é que, com pandemia ou não, ter mais um canal de vendas é sempre uma boa estratégia para aumentar seu faturamento e minimizar riscos de mercado, como o contexto atual mostrou. Quem já tinha vislumbrado essa oportunidade e fazia entregas, deve estar vendendo bem agora. Quem não estava preparado, agora tem que correr para não ficar sem faturar. Então, gostaria de compartilhar algumas dicas para ajudar quem quer iniciar um delivery. 1- Faça uma estimativa do volume que espera vender através das operações de entrega  Fazer um planejamento da demanda é essencial para que possa calcular estoques necessários, recursos (equipamentos, pessoas etc) e estruturar sua operação de entrega, assegurando sucesso ao montar um delivery. Então, projete cenários (otimista, realista, pessimista) e tenha claro o que precisa garantir para atender cada um deles. O ideal é que essa projeção seja feita por faixas de horários, pois sabemos que picos de demanda são muito comuns em alguns setores, como de alimentação, por exemplo (horários de almoço e jantar). Tenha planos de contingência, para evitar surpresas e desgastes com clientes. Aprenda com seus erros de planejamento, pois é muito difícil acertar tudo de primeira. Não deixe que isso te irrite nesse início. Faz parte de qualquer novo negócio e o mais importante é tirar as devidas lições. 2- Planeje sua capacidade de atendimento para o delivery Antes de começar a vender em um novo canal que você ainda não sabe como vai ser a receptividade e a demanda, defina a sua capacidade de produção, se possível por dia e por hora. Isso é essencial para que possa saber o momento de travar as suas vendas quando chegar em um limite que você não vai conseguir atender. Afinal, se passar desse limite, poderá ter problemas com clientes insatisfeitos com demoras e pedidos não atendidos, levando sua reputação para baixo, o que pode levar a menos pedidos no futuros. DICA: Veja aqui como vender mais no delivery 3- Tenha uma boa embalagem antes de montar um delivery Uma boa embalagem é muito importante nas operações de entregas. Além de proteger e garantir a integridade do seu produto durante o transporte, ela é uma excelente forma de comunicação visual com o seu cliente. Então, se certifique que ela está adequada para o seu produto e para os chacoalhes de um baú ou bag de uma moto, por exemplo. Afinal você não quer que o seu produto chegue destroçado, revirado no seu cliente, causando uma impressão ruim. O lado do marketing também é muito importante, pois é a sua imagem perante quem comprou. Lembre que uma compra via delivery é um processo mais frio (via aplicativos, telefones, wapps) do que uma situação presencial, como em um ambiente de um restaurante. Então, aproveite a oportunidade para se comunicar. Fale das suas vantagens, canais de atendimento, dê descontos e mimos, mostre que ele é especial e busque fidelização. 4- Planeje, contrate e controle bem seus parceiros de entrega Tendo uma previsão de volumes e horários de pico, mesmo que sem ter 100% de certeza, te ajuda a definir a melhor forma de contratar seus entregadores e como montar um sistema de delivery. Aqui, é possível optar por algumas modalidades. Vejam os prós e contras: A- Entregadores próprios (contratados direto ou autônomos) Se for contratado direto, pode ter mais segurança jurídica para oferecer um uniforme com sua marca, reforçando sua imagem perante clientes; Se acordar horários pré definidos de trabalho, terá uma maior garantia de atendimento, pois estarão ali para fazerem o que você definir naquele período. Existem alternativas no mercado onde você pode contratar por diária, meia diária e até por horas; Se tiver muitas entregas, o valor fixo pago (pelo período contratado), pode ser diluído em vários pedidos, se tornando uma opção vantajosa financeiramente; É importante que tenha algum programa para delivery onde você poderá acompanhar o status das entregas nas ruas em tempo real, para conseguir dar retornos precisos para os clientes e garantir produtividade dos entregadores. Soluções tecnológicas, como softwares e aplicativos de gestão de entregas são essenciais nesse sentido; B- Aplicativos de operações de entrega Geralmente oferecem contratação de entregas sob demanda, em tempo real, o que pode ser uma ótima alternativa, muito prática, para quem não consegue se planejar bem ou para atender picos de demanda. Entregas esporádicas, com um endereço somente, podem ter custos mais altos do que rotas programadas (com mais de uma entrega, por exemplo); Oferecem rastreio e acompanhamento, em tempo real, o que é excelente para garantir retorno e status para clientes; Alguns possibilitam soluções de agendamento, o que ajuda a se antecipar e evitar surpresas de última hora; Como os aplicativos não tem uma garantia de atendimento nesse modelo de pedidos avulsos, sob demanda, em horários de picos, fins de semanas ou tarde da noite, por exemplo, você pode ficar sem entregadores, gerando perda de vendas, desgastes com clientes e stress no dia a dia, tendo que deslocar funcionários importantes para fazerem as entregas; Lembrando também que na maioria dos aplicativos de marketplace e envio de pedidos, a pessoa que solicita por lá vira um cliente deles e não da empresa, ou seja, todos os dados ficam com o app, impossibilitando que sejam usados para futuras campanhas de marketing, relacionamento e fidelização. Basicamente, estão terceirizando a produção. C- Empresas de operações de entregas tradicionais As empresas de entregas, geralmente podem atender por demanda e por períodos fixos. O que pode ser interessante para uma estratégia usando ambos modelos, contratando fixos para a demanda garantida e avulsos para os picos; Muitas não tem softwares de delivery e/ou tecnologia para gestão das entregas, o que deixa as atividades de lançarem e acompanharem pedidos muito manuais e sem acompanhamento um acompanhamento das operações em tempo real, o que gera impactos negativos em termos de nível de serviço…

Gestão financeira para empreendedores: veja o que você realmente precisa saber!

Independentemente do tamanho da empresa, os responsáveis pela tomada de decisão dos negócios sabem a importância das finanças para o empreendimento. Por meio delas, ocorre o controle, o planejamento e a mensuração das atividades e dos resultados. Você sabe a real importância da gestão financeira para empreendedores? Em gera, o empreendedor é responsável pela gestão operacional, financeira e comercial do negócio, ou seja, ele precisa realizar diversas tarefas ao mesmo tempo. No entanto, o coração do estabelecimento certamente é o financeiro. De nada adianta contar com bons produtos se os recursos financeiros não forem aplicados de forma correta. Para ajudar você a organizar suas metas e criar estratégias de crescimento para o seu empreendimento, trouxemos dicas essenciais sobre gestão financeira para empreendedores. Continue a leitura! Separe as despesas pessoais das despesas empresariais O primeiro passo para que não ocorra a mistura das despesas pessoais com as despesas empresariais é não levar os gastos domésticos para o empreendimento. Esses recursos são destinados para o sustento das atividades empresariais, ou seja, pagar contas de casa, supermercado, escola e outras despesas com o caixa da empresa é um grande erro. A utilização do caixa para outros fins causa o descontrole nas finanças do empreendimento. Com essa prática, você estará operando com números equivocados. Logo, suas decisões serão embasadas em números que não refletem a real situação do negócio. Uma ótima solução para esse problema é utilizar apenas o valor destinado à renda dos sócios para o financiamento das despesas pessoais. Veja quais são eles: pró-labore: valor referente ao pagamento pelo trabalho do empresário, passível de retenção de INSS (Instituto Nacional do Seguro Social); lucros e dividendos: são os valores restantes após a apuração do resultado, ou seja, do resultado bruto, são descontados os custos e despesas, de modo que o lucro líquido pode ser distribuído. Outro fator positivo é que esse valor é isento de INSS e IR (Imposto de Renda); alugueis: é possível que o sócio alugue um bem para as atividades da empresa para que não haja problemas com na mistura de valores. É importante fixar um contrato de aluguel, contudo, esses tipos de receita são passíveis de retenção de imposto de renda. Aprenda a controlar seu capital de giro O capital de giro é a engrenagem para a obtenção do sucesso financeiro. Com ele, é possível planejar quando e como ocorrer o giro das mercadorias, sendo, então, o financiador das atividades operacionais. A falta dele prejudica a sobrevivência dos negócios frente aos concorrentes, se tornando mais suscetível à volatilidade do mercado. Por outro lado, quando há um controle de capital de giro, os resultados tendem a ser cada vez mais elevados. Ele é responsável por financiar as operações da empresa, gerando cada vez mais lucros para o empreendimento. Com o capital de giro em mãos, é possível analisar os investimentos mais adequados, negociar melhores preços com os fornecedores, além de conseguir manter valores competitivos. Uma dica importante para conseguir aumentá-lo é entender o ciclo financeiro dos negócios. Essa é, basicamente, a diferença de tempo entre o pagamento dos fornecedores e o recebimento das vendas. Dessa forma, para que haja um bom capital de giro, é essencial que as receitas entrem antes da saída das despesas. Realize o planejamento do seu fluxo de caixa O fluxo de caixa é uma ferramenta básica para sua loja, sendo essencial para fundamentar o gerenciamento das operações. Nesse controle, constará todas as atividades financeiras do seu negócio, de entradas e saídas de recursos. Sem um bom controle das finanças, o empresário fica amarrado, uma vez que não tem como saber se a loja conseguirá arcar com todas as despesas básicas. Além disso, quando você não sabe quanto e nem quando os pagamentos devem ser feitos, seu estabelecimento fica sujeito ao pagamento de juros pelo atraso das obrigações. Para que isso não ocorra com o seu negócio, fique atendo às dicas para organizar seu fluxo de caixa. A premissa básica para a organização do seu fluxo é registrar todas as operações — por menor que sejam os valores, tudo deve ser registrado. É importante considerar todos os prazos, e a projeção dos valores deve ser registrada conforme as datas que o dinheiro realmente entrará em caixa. Suponha que uma venda de R$5.000,00 foi realizada com recebimento em 2 vezes, em 30 e 60 dias. O valor de saída da mercadoria no estoque será do total. Contudo, nas suas projeções, no fluxo do recebimento, deve estar elencado o valor de R$2.500,00 no vencimento dos primeiros 30 dias e R$2.500,00 no vencimento dos outros 30 dias restantes. Não é uma regra, mas normalmente o fluxo de caixa é projetado para 15,30,60 e 180 dias. Vale ressaltar que ele deve ser alimentado diariamente e moldado conforme as necessidades da sua loja. A importância do fluxo de caixa é indiscutível dentro de qualquer organização, uma vez que ele demonstra não apenas as disponibilidades financeiras, como também proporciona conteúdo para análises de investimentos, controle de destinação de recursos e, é claro, auxilia no planejamento estratégico. Acompanhe os indicadores financeiros Ao contrário do que muitos pensam, os indicadores são essenciais para medir o desempenho das pequenas empresas, ou seja, eles são o termômetro dos resultados do empreendimento. Os indicadores demonstram, a partir de relatórios e gráficos, os resultados de vários setores do negócio, indo além do que muitos consideram o mais importante, o lucro. Veja alguns que você pode utilizar: margem de lucro: demonstra quanto a empresa ganha com cada produto vendido; liquidez corrente: calcula se o ativo circulante da empresa é capaz de honrar com as despesas e obrigações de curto prazo, caracterizado como passivo circulante. margem de contribuição: mostra quanto da venda de cada produto é destinado ao pagamento dos gastos fixos; ponto de equilíbrio: aponta quanto é necessário vender para cobrir todos os gastos e despesas. Vale lembrar que esse indicador não aponta o lucro: no momento do alcance do ponto de equilíbrio, o indicador estará no empate, onde a empresa não tem lucro e nem prejuízo; margem líquida: relata quanto a empresa tem de lucro líquido em relação com as vendas líquidas; É importante ressaltar que nenhuma decisão deve ser tomada com base em análises de apenas um indicador.…